a arte da poesia na tarde à beira-tejo
um navio. nas mãos, crisântemos e luzes.
a gaivota, um farol envelhecido
pelo sal, um sorriso de água.
a sama dos pinheiros brinca nos olhos,
nos passos. a maré fala junto às pedras.
os pombos equilibram-se na cúpula do atlântico.
as palavras deslizam submersas
na tinta descritiva da memória.
carícia leve num quadro de turner
a prenunciar o crepúsculo.
na ponte fluvial o andar traça caminhos
nas linhas temporais de klee
quando acompanho a morte, sempre próxima,
mesmo que esteja longe do naufrágio e,
do grito, só se ouça o eco do luto.
só, um corvo marinho desenha
a sua sombra sob as águas.
e do sol resta o brilho dos crisântemos.
a ponte também, dizem-me, é mulher.
josé félix
Parabéns!
ResponderExcluirE se a ponte também é mulher,
que seja União, igualmente feminina:
entre uma ponta e outra da vida.
Que se perpetua...Eternamente,
Abraços,
Eliana Crivellari _BH-MG
Sua poesia é oásis , em nossos dias de turbulências , acalanto para as horas baldias.
ResponderExcluirO Tejo é um rio que tb. corre , nas veias de minhas memórias de alegrias. De Portugal, guardo imensas ternuras.
Salve, Salve Poeta!
Abraços e admiração de Valentina
Eliana e Valentina
ResponderExcluirGrato pelos comentários.
José Félix